Resenha: Germinal por Émile Zola.

09:41 Fernanda Bizerra 1 Comments

 

Olá Catarina´s! Li essa obra durante o 7º período do curso de Letras, para a disciplina de Literatura Portuguesa II e, como sempre quis escrever um pouco dos meus sentimentos a respeito da leitura para vocês. 
       Émile Zola é um escritor francês de (1840-1902) e com a publicação de sua obra Germinal (1885) torna-se o percurso do naturalismo no mundo. A obra de Zola é um retrato da revolta dos mineiros de Montsou, pois as condições draconianas de trabalhos nas minas eram muito insalubres e o pagamento mal dava para a sobrevivência das famílias. É preciso ainda levar em consideração que as famílias eram grandes, portanto, havia muitas bocas para serem alimentadas, mas o pão sempre lhe foi pouco e a decadência sempre aumentava.
   Além do frio e da fome ainda tinha as doenças e os acidentes que impossibilitavam vários trabalhadores de descerem as minas para trabalhar e isso já prejudicava ainda mais as condições precárias com as quais já viviam. Ademais, por trabalharem a vida todas nas minas as pessoas cuspiam puro carvão e várias e várias gerações eram condenadas as este tipo de trabalho, afinal, precisavam sobreviver. E em meio a este sofrimento sem fim, muitos imploravam a Deus para lhes tirar a vida, pois já bastava de tanto sofrimento.
     A chegada de Étiene Lantier traz para este povo sofrido um pouco de esperança e assim eles se organizam para a tão falada greve e os dias que estão por vir são tão nebulosos quanto à cor de seus cuspis. A organização de um caixa de sobrevivência foi feito para sustento dos mineiros durante a revolta mais eram tantas bocas para alimentarem que logo as pessoas precisaram se desfazerem dos poucos pertences aos quais possuíam e a partir disso vemos a pobreza aumentar cada dia mais e mais. A fome lhes doía os ossos, a pobreza fedia em suas narinas mais eles resistiram até não poderem mais.
     A família Maheu é descrita com tamanha grandeza que é possível vê a necessidade pura dessa família e imaginar como a fome estava lhes matando. A senhora Maheu sempre foi uma mulher forte e resistiu até perder três de seus filhos e o marido e tudo isso como consequência da luta por sobrevivência. Perdeu assim, três para a mina do Voraz e uma para fome e a miséria, pois não tinha sequer um pano molhado para colocar na boca de sua pequena Alzire.
      A obra é tão real nos dói ler algo tão angustiante, pobre, cheio de fome e necessidades tão básicas mais que falta para este povo sofrido. Zola descreve as cenas de maneira tão vivida que é possível imaginar todas aquelas vidas desgraçadas vivendo em meio ao capitalismo industrial e se olharmos não se difere de hoje, pois os ricos estão na bonança e boa parte pobres morrendo de fome. A obra retrata todos os níveis sociais e, claro a podridão humana. Confesso que a leitura da obra é algo fácil, quer dizer, não é por ser uma literatura clássica que é difícil de ler como Eurico, o Presbítero (rs).
     Jamais imaginei realizar a leitura desta obra, mas digo que foi uma grata surpresa e a leitura foi maravilhosa e muito marcante, por isso, recomendo a leitura.
 
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Beijos Fê :*

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