Qual o Futuro da Humanidade? - Glau Tambra
Na correria do dia a dia não percebemos fatos corriqueiros que acontecem na nossa vida, como levar o filho à escola. Foi num desses dias que o observei atravessar a rua com o seu amigo, ambos com dez anos de idade, e pensei: eis aí o futuro da humanidade.
Se analisarmos que todas as crianças são adultos em potencial e que deviam ser trabalhados desde a infância, vemos então uma futuro incerto. Porque vários fatores influenciam nesta correlação.
Trabalhando com a condicional “se”, diríamos que a escola, enquanto aprendizagem possui um papel importante: trabalhar a criança individual ou coletivamente as potencialidades (de acordo com a possibilidade/necessidade) como a autoestima do infante. Se a escola conseguisse trabalhar essas potencialidades, teríamos adultos-cidadãos e trabalhadores compromissados com o mercado de trabalho futuro. Então, o papel da escola, enquanto aprendizagem é sim relevante. Mas o papel maisimportante e primordial no desenvolvimento das crianças é a participação dos pais enquanto família.
Há uma grande confusão entre educação e aprendizagem.
Há uma grande confusão entre educação e aprendizagem.
Não podemos esquecer que a educação vem de berço, de casa, da família. Enquanto, a aprendizagem, da escola com a colaboração dos pais nesta árdua tarefa que é ensinar.
No entanto, o que acontece hoje é a desfragmentação da unidade familiar. Pais que “acham”, na melhor forma do achismo, que gritar é educar; que bater ou espancar é educar; que trocar o leite das crianças por cigarros, bebidas alcoólicas ou entorpecentes, para depois mendigar auxílio social do governo é criar filhos. Sem contar na violência atroz que vemos todos os dias nos jornais.
Por conta disso, vemos adolescentes imersos em problemas psicoexistenciais devido à convivência com pais neuróticos e irritados. Desestabilizados emocionalmente para educar seus filhos, geram jovens que se tornam adultos mal-humorados, tímidos, fechados. Uma vez que todas as reprimendas, observações e advertências, têm por intuito a censura, humilhação, estigmatização. Famílias desestruturadas, lares destruídos pela incompreensão. O único caminho que encontram é o das drogas.
Estamos vivendo uma inversão de valores, onde a própria sociedade criou um paternalismo absurdo. Vemos, pois, esses “pais” transferirem sua tarefa, eu diria dever de educar ao Poder Público.
E então, onde ficariam as potencialidades que deveriam ser trabalhadas nas crianças que seriam o futuro da nação? Há quem diga que a culpa é do governo, seja federal ou estadual, pois o sistema de ensino utilizado hoje, não atende a estas expectativas. Mas, não podemos nos esquecer de que estamos trabalhando com a partícula condicional “se”. Há outros fatores que interferem nesta proposição, o fator renda, social, familiar, mídias sociais, dentre tantos outros.
Entretanto, esses fatores não deveriam criar empecilhos para que os pais deixem de educar seus filhos. O abandono dos pais na educação dos seus rebentos gera criaturas excluídas e marginalizadas nos crimes, tráfico de drogas ou no próprio consumo dela.
Precisamos de pais que tenham força de vontade e que se esforcem hoje para que seus filhos sejam realmente o futuro de uma nação.
Ter filhos não é obra do acaso, não é apenas reprodução de seres humanos. É acima de tudo a parcela de responsabilidade de cada um na obra da criação. Deus nos dá a árdua tarefa de educar para que possamos trazer a criatura que está sob nosso cuidado, enquanto filhos, para o caminho do bem e não podemos falhar na formação desses seres que nos são enviados. Plantemos o amor, para termos bons frutos na colheita.
Uma corrente do bem, adira a essa ideia!
Parabéns pelo texto e pela reflexão.
ResponderExcluirCada vez mais, vemos pais displicentes, pais com idades para serem filhos e não pais.
Cada vez mais, uma juventude acomodada, preguiçosa e com ene facilitações, muitas oriundas da propria legislação!
Vi um vídeo esses dias que apresenta uma outra perspectiva, se te interessar o link ta aqui http://awebic.com/pessoas/isso-e-o-que-acontece-quando-uma-crianca-deixa-o-sistema-tradicional-de-ensino/
um beijo Lara
http://meusmundosnomundo.blogspot.com.br
Lara, sua linda! Obrigada pela visita. Pode deixar que vou assistir sim, interesso-me muito pelo assunto, afinal essa sociedade é onde os nossos filhos irão viver! Bjão.
ExcluirAdorei a reflexão do texto.
ResponderExcluirBeijos,K.
Girl Spoiled
http://girlspoiled.blogspot.com.br/
Karine que bom que gostou da reflexão. Obrigado pela visita e volte sempre! Bjão
ExcluirRealmente a parte mais importante da educação é um legado dos pais. Infelizmente muitos se esquecem disso.
ResponderExcluirM&N | Desbrava(dores) de livros - Participe do nosso top comentarista de junho
Verdade, desbravadores de livros! Fico feliz que tenha gostado! Obrigado pela visita. Bjão!
ExcluirConcordo. Obviamente é difícil ter um ser humano equilibrado se ele foi criado por uma família totalmente desestruturada.
ResponderExcluirThoughts-little-princess.blogspot.com
Flávia, e não é? Que bom que concorda, vejo que não sou só eu indignada com a sociedade em que vivemos! Bjão
ExcluirMuito bacana o texto.
ResponderExcluirmemorias-de-leitura.blogspot.com
Obrigada Inês. Bjão!
ExcluirGlau!
ResponderExcluirConcrdo em gênero, número e grau com sua crônica.
Infelizmente os pais transferem suas responsabilidades para o governo, para a escola, para a televisão e agora para a internet também.
E depois ainda reclamam de seus filhos. Se eles não os educaram, como exigir?
Parabéns!
cheirinhos
Rudy
Obrigada Rudy, fico muito feliz por ter gostado e mais feliz ainda por concordar e partilhar da mesma opinião. Essa transferência de responsabilidade está sendo um problema mesmo! Bjão e volte sempre!
ExcluirLindo texto. Cheio de verdades e reflexões interessantes acerca da realidade que temos vivido.
ResponderExcluirConcordo com suas palavras... Os pais, como a maioria das pessoas que fazem algo errado, preferem transferir a culpa... Sentem-se isentos dessa parcela. É uma triste realidade a do nosso povo, viu?
Thati;
http://nemteconto.org
Thati sua linda que bom que concorda e que gostou da crônica! Realmente não sei onde vamos parar! Bjão.
ExcluirJá refleti isso muitas vezes, é bom ver que não sou a única!! Essa inversão de valores é um problema! :/
ResponderExcluirSuzana, você não está sozinha nessas reflexões. Obrigado pela leitura. Bjão!
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