A vida nas redes sociais por Antonio Henrique
Não
há como negar, as redes sociais vieram para ficar e é praticamente impossível
imaginar a vida sem elas. É um daqueles vícios sociais que todo mundo pega até
mesmo sem querer.
Também
não há como negar as coisas boas que surgiram, como por exemplo, reencontrar
amigos e familiares que há muitos anos não se via. Confesso que no início eu
estava meio reticente, mas é como eu afirmei anteriormente, é um vício que te
pega. Mas ao contrário de muitos eu ainda consigo me controlar.
E
como é do ser humano, tudo aquilo que ele toca se transforma. Para pior, é
claro.
Impressiona
o fato de que as redes sociais também estão sendo usada para coisas ruins,
principalmente sendo disseminadoras de fatos conturbados, mentiras deslavadas, factoides e fofocas.
Embora
todas essas ocorrências aconteçam, o pior é que as pessoas estão deixando de
viver suas vidas, em particular, e estão metendo o bedelho na vida dos outros.
Acabou-se o privado. Aqui abro parênteses: é evidente que se a pessoa quer
privacidade total tem que passar longe de uma rede social.
Ocorre
que mesmo sem ter uma rede social é possível acontecer as críticas (como assim
não tem Facebook? Não tem WhatsApp? Em que mundo você vive?).
Viramos
refém delas, as redes sociais.
Vejo
com preocupação que as pessoas estão tão preocupadas com alguma rede social que
a SUA vida social está em declínio.
Outro
dia, em uma festa de confraternização, estavam quatro pessoas na mesa. Nenhuma
delas estava conversando. Todos com seus celulares na mão e o digitar frenético
não parava.
Conheço
indivíduos que não largam do celular de jeito nenhum. Para não perder
nenhuma
novidade ou fofoca.
Porém,
acredito que nada é tão nocivo quanto às postagens no Facebook. Há postagens
impressionantes, relevantes, informações que antes não poderíamos alcançar,
contudo, há postagens que denigrem, desinformam e criam situações ridículas.
Ninguém mais pesquisa se aquilo é verdade ou não. O julgamento é rápido e
certeiro. A crítica é impiedosa.
Uma
das regras do meu trabalho deveria ser passada a todos: seja na vida social
conforme você é na vida particular.
E
também poderiam usar um conselho muito sábio. Não desfile sua vida em uma rede
social. Eu não quero saber o que você está fazendo no banheiro, ou o que você
está comendo. Tem gente que faz verdadeiros relatórios de vida particular em
rede social. Parece até que vive um reality show. Depois não quer que fofoquem
sua vida!
Podemos
sim conviver com as redes sociais e até devemos, no entanto, precisamos nos
policiar e transformar em algo agradável.
Nada
de ficar opinando na vida dos outros, principalmente aqueles que mal
conhecemos, só porque somos amigos de Facebook. Se somos amigos ali, é por
algum motivo, mas não vamos ultrapassar certos limites. Os meus direitos
começam quando o seu termina.
O
respeito à opinião das pessoas acabou faz um tempinho. É hora de as coisas se
ajustarem.
Não
sou obrigado a concordar com tudo e não quero ser crucificado se tiver opinião
contrária. Somos indivíduos vivendo em uma coletividade, mas não somos iguais.
Temos pensamentos diferentes e é isso que é mais importante.
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