[Resenha] Quem Teme a Morte – Nnedi Okorafor – Geração Editorial.

00:00 Fernanda Bizerra 10 Comments

Olá, leitores lindos! Já falei para vocês que estou sempre me aventurando em leituras novas e diferentes. Depois de muito pensar eu solicitei este livro para a editora e resolvi arriscar.

Quem Teme a Morte é uma “distopia” — sinceramente ainda não entendi o porquê desta classificação — que se passa no mundo devastado da África. Na leitura deste romance, não temos relatos sobre o que aconteceu no passado. A única coisa que sabemos do período anterior, é da existência de equipamentos tecnológicos abandonados em uma caverna e, somente isto, depois a história acontece no futuro.

Neste novo mundo existem os Okekes e os Nurus. Segundo o grande livro – onde estão registradas as informações de porque o mundo é o que é – os Okekes foram os primeiros povos a existirem, mas os Nurus foram criados como forma de castigo da deusa para com os outros povos. E a partir desta criação, os Okekes passaram a ser escravizados. Seus homens foram mortos e suas mulheres estupradas e deste ato violento, nascem os Ewu.

Ewu quer dizer – nascidos da dor – eles nascem com peles claras como a areia do deserto e são discriminados pelos outros povos. Eles são considerados sujos e indignos de existirem, pois são vistos como as vergonhas e maldições de suas mães. Mas também, por acreditarem que estes seres Ewu se tornarão violentos no futuro.

A heroína do livro, Onyesonwu – que quer dizer Quem Teme a Morte – é uma Ewu. Nascida da violência. Seus primeiros anos de vida foram no deserto junto de sua mãe, mas com o passar dos anos ela decidiu que deveriam passar a viver na cidade. E é nessa cidade que o destino de Onye é traçado.

Onye é uma personagem forte e teimosa. Durante a narrativa descobrimos o momento em que ela foi concebida, mas passamos acompanhá-la diariamente quando ela tem 11 anos. Ela cresce sabendo aceitar seu destino e nunca a vemos recuar. Além do mais, ela tem Mwita. Ele também é Ewu e sofre os mesmos preconceitos que ela.

O Mwita é o parceiro da Onye. Apesar de jovens eles possuem uma relação de marido e mulher. Justamente porque só tem um ao outro. São vistos como pessoas sujas e quase ninguém ousa ficar perto dos dois. Para a sociedade onde vivem é ainda mais absurdo eles terem essa relação de casal, pois temem que seus filhos sejam aberrações. Apesar de que discriminação existe em todo o lugar.

Mwita possui o poder da cura, e quando a Onye está em treinamento de suas habilidades ele fica sempre perto para cuidar das feridas dela. A relação entre eles é bonita, até quando ele sente inveja de Onye, por tudo que ela é. Ele não gosta desse sentimento ruim, pois sabe que podem levá-los à ruína.

Onye possui várias habilidades e uma delas é a transmutação. Ela é uma Eshu, e esta qualidade – digamos assim – permite a transformação dela em animais, que concede a ela o poder de ver o mundo de uma forma diferente e fazer grandes viagens em um curto espaço de tempo. Além de dar a ela acesso ao mundo selvagem – ou mundo dos mortos.

A escritora escreveu bem o livro, mas mesmo assim ele ainda é complexo. E também não consegui entender o final, pois são descritas várias passagens e nada fica totalmente amarrado. Isso me deixou frustrada porque esperava algo diferente. Tiveram os personagens esquecidos, que existiram até boa parte do livro e no final eles nem sequer foram citados. E pelo que sei não teremos uma continuação.

Compre na Geração

Beijos Fê :*

   

10 comentários:

  1. Oi, Fê! Tudo bem?
    Menina, que resenha hein? Gostei muito dessa histórias de povos diferentes e fiquei com pena dessa "raça" discriminada. Esse povo não tinha louça pra lavar, é?
    Brincadeiras à parte, parece uma história bacana, embora meio complexa, como comentou. Ficou uma dica legal, de qualquer forma.

    Um beijo!
    Doce Sabor dos Livros - Aguardo a sua visita!

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  2. Oi!
    A premissa do livro é bastante interessante. É algo diferente e parece ser envolvente.
    Uma pena o livro ser muito complexo e deixar muitas pontas soltas. Livros assism merecem uma continuação.
    Beijos
    Construindo Estante || Facebook

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  3. muito interessante! a gente fica curioso haha amei seu blog ^^

    http://jackelinenuit.blogspot.com.br/

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  4. Ola
    fiquei interessada na leitura desse livro, primeira resenha que leio, parece ser uma história legal mesmo sendo um pouco confusa no final;

    momentocrivelli.blogspot.com.br

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  5. Segunda resenha que leio desse livro e não consigo curti a história, então passo
    http://contodeumlivro.blogspot.com.br/

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  6. Apesar de o livro ter um final meio confuso e ser complexo a história até que não parece deixar de ser interessante.

    thoughts-little-princess.blogspot.com

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  7. Gente, quanto nome complicado! '-' Mas gostei da sua sinceridade na resenha! Parabéns! :D
    Beijos!

    www.bibliophiliarium.com

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  8. Olá

    Adorei a resenha e a premissa do livro. Acho que nunca li nada que passasse na África, tudo bem que é uma distopia, mas é na África. Sério que o final foi assim? Me deixou bastante curioso.
    Abraços

    estantejovem.blogspot.com.br

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  9. Oi Fê, tudo bem?
    História diferente mesmo e super triste, filhos da violência. Como a exclusão social, a intolerância e o preconceito são tão atuais, infelizmente, acho importante os autores usarem os livros para denunciar esses comportamentos.
    O livro ser complexo não me incomoda, até me agrada, pois é sempre um desafio. O problema realmente, foi a autora ter se perdido no desfecho da história, uma pena.
    Que bom que gostou do layout do meu blog, risos...percebeu o Travis do livro Belo Desastre brigando com o Romeu??? kkkkkkk
    beijinhos.
    cila.
    http://cantinhoparaleitura.blogspot.com.br/

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  10. Oi Fê, tudo bem?

    Eu deixei ele de lado quando uma colega do blog que ajudo falou que poderia solicitar. Não fez de nenhum jeito meu tipo :s

    Beijos

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