[Resenha] Quem Teme a Morte – Nnedi Okorafor – Geração Editorial.
Olá, leitores lindos! Já falei para vocês que estou sempre
me aventurando em leituras novas e diferentes. Depois de muito pensar eu
solicitei este livro para a editora e resolvi arriscar.
Quem Teme a Morte é uma “distopia” — sinceramente ainda não
entendi o porquê desta classificação — que se passa no mundo devastado da
África. Na leitura deste romance, não temos relatos sobre o que aconteceu no
passado. A única coisa que sabemos do período anterior,
é da existência de equipamentos tecnológicos abandonados em uma caverna
e, somente isto, depois a história acontece no
futuro.
Neste novo mundo existem os Okekes e os Nurus. Segundo o
grande livro – onde estão registradas as informações de porque o mundo é o que é – os Okekes foram os primeiros
povos a existirem, mas os Nurus foram criados como forma de castigo da deusa
para com os outros povos. E a partir desta criação, os Okekes passaram a ser
escravizados. Seus homens foram mortos e suas mulheres estupradas e deste ato
violento, nascem os Ewu.
Ewu quer dizer – nascidos da dor – eles nascem com peles
claras como a areia do deserto e são discriminados pelos outros povos. Eles são
considerados sujos e indignos de existirem, pois são vistos como as vergonhas e
maldições de suas mães. Mas também, por
acreditarem que estes seres Ewu se tornarão
violentos no futuro.
A heroína do livro, Onyesonwu – que quer dizer Quem Teme a
Morte – é uma Ewu. Nascida da violência. Seus primeiros anos de vida foram no
deserto junto de sua mãe, mas com o passar dos
anos ela decidiu que deveriam passar a viver na cidade. E é nessa cidade que o
destino de Onye é traçado.
Onye é uma personagem forte e teimosa. Durante a narrativa
descobrimos o momento em que ela foi concebida, mas passamos acompanhá-la diariamente quando ela tem 11 anos. Ela cresce
sabendo aceitar seu destino e nunca a vemos recuar. Além do mais, ela tem
Mwita. Ele também é Ewu e sofre os mesmos preconceitos que ela.
O Mwita é o parceiro da Onye. Apesar de jovens eles possuem uma relação de marido e mulher. Justamente porque só tem um ao outro. São vistos como
pessoas sujas e quase ninguém ousa ficar perto dos dois. Para a sociedade onde vivem é ainda mais absurdo eles
terem essa relação de casal, pois temem que seus filhos
sejam aberrações. Apesar de que discriminação
existe em todo o lugar.
Mwita possui o poder da cura, e quando a Onye está em treinamento de
suas habilidades ele fica sempre perto para cuidar das feridas dela. A relação
entre eles é bonita, até quando ele sente inveja
de Onye, por tudo que ela é. Ele não gosta desse sentimento ruim, pois sabe que
podem levá-los à ruína.
Já Onye possui várias
habilidades e uma delas é a transmutação. Ela é uma Eshu, e esta qualidade –
digamos assim – permite a transformação dela em animais, que concede a ela o
poder de ver o mundo de uma forma diferente e fazer grandes viagens em um curto
espaço de tempo. Além de dar a ela acesso ao mundo selvagem – ou mundo dos
mortos.
A escritora escreveu bem o livro, mas mesmo assim ele ainda
é complexo. E também não consegui entender o final, pois são descritas várias
passagens e nada fica totalmente amarrado. Isso me deixou frustrada porque
esperava algo diferente. Tiveram os personagens
esquecidos, que existiram até boa parte do livro e no final eles nem sequer
foram citados. E pelo que sei não teremos uma continuação.
Compre na Geração.
Beijos Fê :*

Oi, Fê! Tudo bem?
ResponderExcluirMenina, que resenha hein? Gostei muito dessa histórias de povos diferentes e fiquei com pena dessa "raça" discriminada. Esse povo não tinha louça pra lavar, é?
Brincadeiras à parte, parece uma história bacana, embora meio complexa, como comentou. Ficou uma dica legal, de qualquer forma.
Um beijo!
Doce Sabor dos Livros - Aguardo a sua visita!
Oi!
ResponderExcluirA premissa do livro é bastante interessante. É algo diferente e parece ser envolvente.
Uma pena o livro ser muito complexo e deixar muitas pontas soltas. Livros assism merecem uma continuação.
Beijos
Construindo Estante || Facebook
muito interessante! a gente fica curioso haha amei seu blog ^^
ResponderExcluirhttp://jackelinenuit.blogspot.com.br/
Ola
ResponderExcluirfiquei interessada na leitura desse livro, primeira resenha que leio, parece ser uma história legal mesmo sendo um pouco confusa no final;
momentocrivelli.blogspot.com.br
Segunda resenha que leio desse livro e não consigo curti a história, então passo
ResponderExcluirhttp://contodeumlivro.blogspot.com.br/
Apesar de o livro ter um final meio confuso e ser complexo a história até que não parece deixar de ser interessante.
ResponderExcluirthoughts-little-princess.blogspot.com
Gente, quanto nome complicado! '-' Mas gostei da sua sinceridade na resenha! Parabéns! :D
ResponderExcluirBeijos!
www.bibliophiliarium.com
Olá
ResponderExcluirAdorei a resenha e a premissa do livro. Acho que nunca li nada que passasse na África, tudo bem que é uma distopia, mas é na África. Sério que o final foi assim? Me deixou bastante curioso.
Abraços
estantejovem.blogspot.com.br
Oi Fê, tudo bem?
ResponderExcluirHistória diferente mesmo e super triste, filhos da violência. Como a exclusão social, a intolerância e o preconceito são tão atuais, infelizmente, acho importante os autores usarem os livros para denunciar esses comportamentos.
O livro ser complexo não me incomoda, até me agrada, pois é sempre um desafio. O problema realmente, foi a autora ter se perdido no desfecho da história, uma pena.
Que bom que gostou do layout do meu blog, risos...percebeu o Travis do livro Belo Desastre brigando com o Romeu??? kkkkkkk
beijinhos.
cila.
http://cantinhoparaleitura.blogspot.com.br/
Oi Fê, tudo bem?
ResponderExcluirEu deixei ele de lado quando uma colega do blog que ajudo falou que poderia solicitar. Não fez de nenhum jeito meu tipo :s
Beijos