[Devaneios da Sol] Descobertas - Soraya Abuchaim

00:00 Fernanda Bizerra 8 Comments



Acordo pela manhã e sei que não sou mais a mesma. A noite de sono não conseguiu me tirar a lucidez, embora tudo ainda pareça um sonho e eu demore alguns segundos para encontrar a realidade.

Depois de muito tempo acalentando a ideia de ser mãe, e realmente pensando que essa experiência estava além da minha programação de vida – como tudo aquilo que nos traz mudanças drásticas -, finalmente o resultado do exame havia saído e eu trazia um ser em meu ventre.

Não sei se seria possível exprimir em palavras as sensações que nos acometem quando nos deparamos com essa notícia, mas para mim foi um misto tão grande de sentimentos que eu temi (palavra que se torna usual agora) que o exame não fosse real.

Ser mãe. Experiência única na vida da mulher, e que demoramos tanto para interiorizar quando finalmente acontece!

Sempre pensamos nesse momento, e desde pequenas, com uma infância relativamente normal, somos preparadas para essa finalidade.

Mas nada que nos disseram ou que vimos nos prepara para o que vamos vivenciar.
Primeiro que cada mulher é única e a sua maternidade, igualmente. Engana-se aquele que tem a pretensão de saber o que se passa entre uma mãe e um filho quando no seu ventre. Cada uma das vivências é exclusiva, e é por isso que a nossa vida é tão interessante.

Começamos a temer (olha a palavra aí de novo) várias coisas – será que a gravidez vai vingar? Serei uma boa mãe? Terei condições financeiras para dar o melhor ao meu filho? Virá ele saudável? Como será minha vida daqui em diante?

Todas as respostas que o tempo, sabiamente, se encarregará de nos fornecer.

E assim vamos tornando-nos mulheres e mães verdadeiramente, criando um laço afetivo com alguém que nem era visível a olho nu, e que se torna o centro de nossas vidas.

Tudo muda, tudo é novo, tudo é descoberta. Mas a maravilha é justamente essa: a cada dia que passa descobrirmos uma coisa nova, termos inclusive a noção de corpo em sua totalidade que nunca tivemos.

E a cada etapa, uma nova ansiedade: os primeiros exames, os movimentos, o coração batendo e a descoberta do sexo – até aí tememos erros médicos. A insegurança de uma mãe que sempre sofrerá pelo filho, e que achará deliciosa essa preocupação.

Estou aprendendo a caminhar conforme a gestação evolui, e posso dizer que já me sinto uma pessoa melhor do que antes de engravidar.

A paciência chega, a maturidade a acompanha. Aprendemos a ser mais complacentes, menos explosivas... E a dar a vida por esse ser que cresce em nós.

Muita coisa muda, mas digo uma coisa: aparte o pessimismo inerente ao ser humano, a gravidez é maravilhosa, mesmo com seus altos e baixos.

Ainda não sei como é criar um filho, e claro que o temor do fracasso me acompanha, mas deixo o pensamento ruim de lado e curto o momento.

Então, para aquelas que ainda têm dúvidas, que gostariam de ter um filho, mas tem a mente cheia de dúvidas e receio, eu digo: não pensem demais! Simplesmente aproveitem e curtam o momento, que as respostas virão.



Sol

Beijos!

8 comentários:

  1. Oi Sol, tudo bom?
    Adorei o seu devaneio sobre gravidez, confesso que não me sinto nenhum pouco capaz de exercer essa função por enquanto, mas deixe o tempo se encarregar disso né?! HAHAHAHA

    Beijos, Rob
    http://estantedarob.blogspot.com.br

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  2. Oi Sol!
    Gosto muito do que tu escreve! Não sou mãe, pretendo ser um dia, daqui há uns bons anos, mas acredito que deve ser algo realmente maravilhoso, medos e dúvidas todos temos, mas tenho certeza que isso é algo que muda as pessoas para melhor, acredito que estás certa, tem que curtir o momento e aproveitar =)

    Beijokas ^^
    Lara - Magia Literária
    http://www.magialiteraria.com/

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  3. Oi Sol!

    Sabe, sempre penso se serei uma boa mãe e se saberei o que fazer na hora em que precisar fazer!
    Não tenho muita paciência com crianças...
    Aliás... Eu me vejo como uma criança, então é estranho pensar em uma pessoinha crescendo dentro de mim! heheheheh
    Mas tudo ao seu tempo não é?!
    Meu marido já está planejando a chegada de nosso bebe (O Kevin), mas eu ainda acho que é cedo.
    Com jeitinho vou enrolando ele até o dia que eu estiver preparada! ^^

    Beijokinhas!
    Gi - Estranha Estante
    http://aestranhaestantedagi.blogspot.com.br/

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  4. Esse é um assunto que não posso opinar heehhe. Não sou mãe, mas imagino que deva ser bem o que você falou mesmo. Uma experiencia unica.

    Blog Prefácio

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  5. Oi Sol, tudo bem? Gosto muito dessas colunas e como sempre, gostei muito do que você escreveu. Não sou mãe, e claro que um dia também quero ser, apesar de sentir todos esses medos que você citou, mas deve ter algo realmente mágico de saber que tem um ser crescendo dentro de si.

    Beijinhos,

    Rafaella Lima

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  6. Ai Sol... seus texto são sempre tão legais! Eu acho que a maternidade e sim um belo mistério, não digo por todas as coisas que a ciência pode explicar, mas no que ela é capaz de fazer com os dois seres (ou mais) envolvidos. Medos? Sim. Mas quero ser mãe, um dia.

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  7. Sol que lindoooooo. Eu como desejo muito ser mãe, amei o texto, e é claro que divido dessas dúvidas e medos, mas no fim, como você mesma sugere, é preciso deixar que as respostas venham e a vida fale por si só. Um beijão.

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  8. Oi Sol tudo bem? Adoro seus textos, eu como mãe me recordo da minha gravidez como um dos momentos mais mágicos da minha vida.
    Beijos
    Mih

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