Uma curva e um adeus... Duas datas, dois amores e um silêncio... Por: Ahtange Ferreira
Olá!
Meninas (os) o poste de hoje é algo muito pessoal. É parte de um Eu que tento esconder, mas sei que não dá muito certo. A Ahtange fez uma promoção de lançamento de seu livro "Marcas Indeléveis", para participar você teria que enviar algo para o e-mail dela falando sobre algo que marcou a sua vida "O que te marcou?". E no final o que você escreveria a ela seria transformado em um conto, e hoje venho apresentar a vocês a parte mais difícil da minha vida.
Era a
primeira vez que Rob saíra sozinho para a balada, estava feliz e tudo era
contagiante.
Lá pela
madrugada, as duas garotas com as quais ele dançara a noite toda, lhe pediram
um favor.
_
Ei Rob, que tal nos levar em casa? Não fica longe é aqui perto.
_ Hum, não
sei está bem tarde devo voltar para casa logo.
_ Por favor,
não vai demorar, vai?
Elas
imploravam para que ele fosse como era muito educado não se recusou.
_ Tudo bem
meninas, vamos.
Subiu em sua
tornado e saiu a 120 km/h. Tudo ia bem até uma das meninas lhe chamar atenção, Rob virou-se na tentativa de ouvi-la, como não conhecia a
estrada, nem imaginava que se aproximava de uma curva perigosa.
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A saudade era tão grande
que chegava a doer e, Mel sabia que Rob sentia igual, além do mais logo se veriam outra vez. Aquela noite sonhara com ele e
sua habitual alegria, seu sorriso era contagiante, como sentia sua falta. Acordara com
sua lembrança tão viva, sentia como se ele estivesse ao seu lado. E uma saudade a invadiu.
Um segundo
de distração e a moto se chocou contra a rocha, ele nem mesmo teve tempo de entender o que estava
acontecendo, tamanha a velocidade que seu corpo se chocava contra aquela parede dura e fria,
miseravelmente disposta naquela curva. Nem um arranhão, ou ossos quebrados... Porém a vida
o abandonou, o destino arrancara-lhe o brilho dos olhos
que se fecharam para sempre, e seu último pensamento foi o rosto moreno, brejeiro de sua querida irmã com seus
cabelos cacheados. Um traumatismo
craniano o levou embora.
Mel, não
podia suportar tamanha dor, o fato ocorreu no domingo, ela não pode viajar para se despedir de seu amado irmão o que tornava a
dor ainda mais insuportável. E como se não bastasse teria que ir a escola na
segunda.
_Ah, devo ir, lá encontrarei minha amiga e não me
sentirei tão só. - pensou.
O que Mel não esperava era descobrir naquele
momento que Duda, não era tão amiga assim. Ao chegar triste, cabisbaixa, foi de
encontro a amiga que perguntou o que houve, ouvindo a resposta simplesmente virou e
foi embora.
O chão mais uma vez se abriu sob seus pés, e as
lágrimas escorreram livremente mais uma vez, nunca entendera o que levara Duda a
agir tão friamente diante de sua dor.
****

Mel, nunca mais foi a mesma, se deixou esmagar pela
dor, cobrindo-se do negrume do luto por muito, muito tempo. E chorava todos os
dias, sua alma perdida em meio a falta e o vazio deixados pelo amor de seu irmão,
e ver a dor dos pais, que não podiam disfarçar sua dor, Mel foi se deixando
aprisionar em uma depressão profunda e perigosa.
O desejo de morrer passara a ser companheiro
constante, levando-a ao fundo do poço. A dor já não doía tanto, não por
ser amenizada pelo tempo, mas por ela ter se acostumado a senti-la como parte de si mesma.
A dor da perda dilacera seu peito todos os dias impiedosamente. O pior é que
esta dor vem sendo sentida silenciosamente por cada um, este assunto é tabu em
casa.
Quatro anos
de ausência de uma presença, que é constante em suas lembranças...
Mel se
sentiu incapaz de fazer muitas coisas, entre elas ser feliz. Deixou até mesmo
de sorrir, como se seu sorriso ferisse a ausência do irmão.
E somente
Deus que tudo sabe, tem mantido Mel de pé, mesmo não sendo capaz ainda de se
permitir viver, ainda que a dor jamais a deixe, já não chora tanto quanto
antes, embora saiba que a dor nunca vai cessar... Que vai doer para sempre...
Ainda lhe resta o desafio de olhar para o outro irmão, sorri e dizer - Feliz
aniversário.
Rob, onde
você estiver, meu amor estará pra sempre contigo. Saudades eternas, MEL.
Esta é uma música que marca muito.
Leia a Resenha de M arcas Indeléveis AQUI
Beijos!
Olá, adorei o seu conto. Gosto muito
ResponderExcluirde ler, fico só imaginado. Muito bom
bjs
Love Books
Obrigada, Solange.
ExcluirBeijos!
OI amei o conto!
ResponderExcluirParabens!
Bjs,comenta e segue por favor (se ja segue ignore), ajudaria bastante!
http://resenhasteen.blogspot.com.br/2013/07/belo-desastre.html
Obrigada Nay.
ExcluirBeijos!
Muito bom,Fê!
ResponderExcluirParabéns!
Gostei muito de ler!
Obrigada Fê.
ExcluirBeijos!
Fê isso é um conto mesmo??
ResponderExcluirParece até que realmente aconteceu com vc, dá para sentir a dor, ou sou eu que to muito sensivel hoje.. vai saber!
Eu gostei, mas fiquei borocoxo rsrs. Para mim é muito difícil falar sobre perda.
Bjs
Não, não é um conto, pois foi escrito com toda a verdade da minha vida.
ExcluirTriste e tem muita dor também.
Beijos!